O Ginásio Dom Bosco do Instituto Nossa Senhora da Glória – INSG/Castelo, em Macaé (RJ), foi palco de uma vivência rara, tocante e, acima de tudo, transformadora. Dando continuidade a uma série de atividades sobre “Conscientização e Inclusão”, iniciada em março, o time paralímpico de basquete em cadeira de rodas de Macaé — o Macaé Paralímpico — realizou, no primeiro sábado letivo do ano, uma apresentação especial para os estudantes do Ensino Fundamental I ao Ensino Médio. Na oportunidade, os atletas trouxeram mais do que jogadas e arremessos: deram um show de humanidade, força e empatia.

Fundado em 2007, o Macaé Paralímpico é um dos principais expoentes do basquete sobre rodas no Estado do Rio, com um legado que ultrapassa as quadras. “Nosso trabalho vai muito além do esporte. A gente transforma vidas”, afirmou o técnico Antônio Gripp, que também é ex-aluno do Castelo.

“Quando estudava aqui, nem existia essa rampa de acessibilidade. Voltar tantos anos depois e ver essa mudança é emocionante. É sinal de que a escola está acompanhando o mundo — e preparando seus alunos para ele.”

Durante a atividade, os estudantes e a equipe pedagógica não apenas assistiram a uma partida, como também puderam experimentar a prática do esporte adaptado. Bruno Santos, aluno da 3ª série do Ensino Médio e atleta do programa NBA Basketball School, resumiu a vivência. “É muito mais difícil do que parece. A força para empurrar a cadeira, a coordenação… exige muita habilidade. Foi uma lição.”

Na quadra, o jogo se desenrolava com intensidade e estratégia — mas ali, cada passe e cada cesta também carregavam histórias pessoais de recomeço e coragem. Como a de Erick Souza, atleta do time há oito anos, que teve a vida atravessada por um acidente e encontrou no basquete um novo sentido. “No início é difícil, mas o tempo traz experiência. E essa experiência a gente leva para quem está começando. Trazer essa mensagem de inclusão para dentro da escola é gratificante”, relata.

A iniciativa foi fruto da união entre duas frentes do INSG/Castelo: a Psicologia Institucional, que vem promovendo ações com foco em temas como Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista e Prevenção ao Bullying; e a Coordenação de Atividades Extracurriculares, que articula experiências para além da sala de aula. Para João Barcelos, coordenador do Macaé Paralímpico, o encontro reforça o poder do esporte como ferramenta educativa. “Aqui no Castelo estão futuros engenheiros, gestores, formadores de opinião. Ao conhecerem de perto a realidade de pessoas com deficiência, eles passam a enxergar a acessibilidade não como um favor, mas como um direito. E isso pode mudar o mundo”, finaliza.

Texto e foto: Alysson Nogueira
Assessoria de Comunicação Salesiana

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