Uma proposta debatida nos últimos 25 anos começará a sair do papel: a revolução no formato do Ensino Médio no país, a maior desde 1971. As mudanças, previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, irão impactar diretamente na vida escolar dos nossos estudantes e têm como objetivo aproximá-los da realidade vivida nos tempos atuais, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade.
As alterações estão sendo trabalhadas pela equipe pedagógica do Instituto Nossa Senhora da Glória – INSG/Castelo. Inicialmente, ocorrerão alterações na carga horária de 800 para 1000 horas anuais, com um diferencial, definindo componentes curriculares dentro das áreas de conhecimento e ainda os Itinerários Formativos, que consistem na parte curricular flexível, permitindo que o estudante amplie e aprofunde seus conhecimentos específicos.
“Na Formação Básica, o aluno vai trabalhar os componentes já existentes: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. O diferencial está nos Itinerários Formativos, onde o aluno poderá vivenciar práticas relacionadas à sua escolha profissional, como, por exemplo, Direito, Engenharia, Medicina, Comunicação, Psicologia, entre outros”, pontua a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Jovana Nunes.
Serão ofertados cinco Itinerários Formativos, incluindo a formação técnica e profissional, já presente no Colégio Castelo há mais de 20 anos. Aluna do curso de mecatrônica, Júllia Medeiros explica que a formação técnica é importante, pois entrega ao aluno uma vivência, direcionando para a carreira profissional. “Quando estava na 1ª série do Médio, iniciei Mecatrônica por já gostar dessa área. Foi interessante porque conheci assuntos diferentes, com propostas diferentes, tendo um olhar para o curso superior”, explica.
Para Júllia, a nova estrutura do Ensino Médio faz com o que o aluno vivencie, na prática, o que é ensinado em sala de aula. “É bom porque a gente já põe a mão na massa. Agora com o técnico integrado à Formação Geral Básica, isso facilita e direciona o que realmente será abordado”, conta.
Perguntada se foi possível dar conta do ensino regular e técnico, Júllia conta que foi preciso ter muita disciplina. “A organização do tempo e definir suas prioridades é primordial. Eu conseguia estudar para o Ensino Médio, o técnico e ainda tinha tempo para ver meus amigos, namorar e ficar com a família. Por mais que seja uma inquietação, meus pais entenderam e me deram apoio, sabendo que era importante para o meu futuro”, ressalta.
Para a coordenadora pedagógica da Educação Técnica, Fátima Neves, este momento é importante, pois faz com que os estudantes se aproximem do mundo do trabalho. “Nosso intuito é formar cidadãos capazes de construir projetos de vida e atuar com consciência crítica e responsável”, pontua.
Texto: Alysson Nogueira
Foto: Paolla Itagiba
Assessoria de Comunicação Salesiana